Nota de repudio a campanha do governo do estado da Bahia sobre vigilantes e preconceito

O Sindsegur repudia veementemente o vídeo produzido pelo governo do estado da Bahia de combate ao racismo no banco, um material desonesto e injusto com os trabalhadores vigilantes de todo Brasil.

O material publicitário aborda o tema do racismo, intitulado: “COMBATE AO RACISMO: NO BANCO”, porém, o referido vídeo transforma uma categoria de trabalhadoras e trabalhares honestos, dignos, negros em sua grande maioria, em racistas, preconceituosos e criminosos (afinal, racismo é crime).

Começam a peça, numa Bahia negra, utilizando um personagem branco, de olhos azuis, barbudo (Vigilante não usa barba).

• que “Vigilante trava a porta de segurança do banco”, quando a trava é automática, cabendo ao vigilante apenas destravá-la;
• aponta perfis de suspeitos, num jogo igualmente mentiroso.

Jogam nas costas do trabalhador, e não dos patrões dos bancos e das empresas de segurança, a condição de responsáveis pelo racismo estrutural reconhecidamente entranhado na nossa cultura.

Desconhecem que somos profissionais íntegros, que a cada dois anos temos de provar que somos honestos, a maioria negros, moradores de comunidades periféricas, mas preparados, registrados na Polícia Federal e zelosos pela vida e pela cidadania.
Jogam para debaixo do tapete a nossa condição de invisíveis (quase não recebemos um bom dia na porta de um banco ou num órgão público), discriminados social e racialmente e a todo instante vítimas de todo o tipo de agressão e violência (física, psíquica, moral, social).

O governo não teve o respeito e a honestidade de ouvir os Vigilantes para perguntarem, caso tinham alguma dúvida, de que lado ficamos: algozes, racistas ou vítimas do racismo e da violência.

Nosso sindicato repudia qualquer ato de preconceito, mas também qualquer ato dessa de desonestidade e desrespeito aos valorosos profissionais da vigilância patrimonial. Não podemos permitir que pessoas inescrupulosas maculem a imagem da nossa valorosa profissão.

Com informações do Sindicato dos Vigilantes da Bahia

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