Por assessoria de comunicação | Fotografia: Taian Marques
Na última quinta-feira (16/6) o Sindsegur participou de mais uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o atraso de salários na Garra.
Na ocasião seria assinado o acordo para que o pagamento dos vigilantes fosse depositado pelo governo do estado diretamente na conta dos trabalhadores. Porém, depois de se comprometer com o Sindsegur e o MPT, o controlador geral do estado, Alexandre Pinto Varella, voltou atrás. Uma atitude indecente do Estado, que mantém contrato com uma empresa de vigilância caloteira, que vive atrasando salários e desrespeitando direitos trabalhistas.
Um caso de imoralidade pública é no que se transformou a cumplicidade do governo do estado com a Garra Vigilância. Nesse jogo de interesses o poder público ignora a lei e faz vista grossa para os abusos cometidos contra os trabalhadores.
Responsável pelos postos de vigilância da Sesap, Seplan, Searh, Semar, Tributação, Control e DER, a Garra Vigilância confia na impunidade para continuar abusando da lei e metendo a mão no dinheiro do trabalhador para render cada vez mais os lucros para a empresa. Uma prática empresarial desonesta à custa do sacrifício da classe trabalhadora.
Durante a reunião o secretário-adjunto, Rômulo Chaves Wanderley Neto, solicitou mais prazo para decidir se haverá o repasse direto aos vigilantes. Mais uma conversa fiada que desmascara o jogo de poder entre governo e empresa.
Para o coordenador geral do Sindsegur, Francisco Benedito (Bené), “Esta atitude descarada demonstra a conivência do estado no atraso dos salários de centenas de trabalhadores, que estão enfrentando todo tipo de dificuldades devido a irresponsabilidade dessa empresa, que abusa da lei por que aposta na impunidade.”
Diante disso, a Procuradora do Trabalho, Izabel Christina, estabeleceu o prazo de dez dias para que a controladoria informe se pretende assinar o acordo.
A audiência no MPT contou ainda com a presença dos(as) diretores(as) Dalcilene Cabral, Josenilson Nascimento e Reginaldo Cruz, além do advogado do sindicato Alecio Sanchez.